Brasil consolida liderança na produção de biocombustíveis
Produção de biocombustíveis. Imagem: Arte Tektom

 

Brasil consolida liderança na produção de biocombustíveis, com destaque para etanol, biodiesel e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). Esse avanço se deve a investimentos estratégicos em tecnologia, políticas públicas robustas e à diversificação das fontes de produção. Além de reduzir as emissões de carbono, esses combustíveis contribuem para o crescimento econômico e a liderança do país na transição energética.
Expansão na produção de etanol

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, com uma indústria que continua a se expandir. Desde o lançamento do Programa Proálcool, na década de 1970, a produção cresceu de forma consistente, posicionando o país como um grande exportador. A Raízen, uma das principais empresas do setor, investiu R$ 11,5 bilhões em novas plantas de etanol de segunda geração (E2G). Esse tipo de etanol utiliza resíduos da cana-de-açúcar, como o bagaço, o que aumenta a eficiência e reduz o impacto ambiental. Veículos flexfuel, que representam 90% da frota de automóveis leves do país, têm sido um dos fatores principais na ampliação do consumo de etanol. Isso oferece flexibilidade aos consumidores, que podem optar pelo uso de etanol ou gasolina, conforme as condições de mercado. A mistura obrigatória de etanol à gasolina, atualmente em 27%, também impulsiona a demanda.

A liderança no biodiesel
O biodiesel também é um dos combustíveis renováveis em que o Brasil tem forte atuação. Atualmente, a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel comum é de 10%, com previsão de aumento para 15% até 2026. Esse aumento reforça o compromisso do país em reduzir as emissões de carbono no setor de transportes. Empresas como o Grupo Potencial estão investindo significativamente na expansão da produção de biodiesel. A planta de Lapa, no Paraná, se tornará a maior instalação de biodiesel em uma única planta no mundo, após um investimento de R$ 3 bilhões. Além de óleo de soja, outras oleaginosas e resíduos de cozinha são usados na produção, tornando o processo mais sustentável.
O avanço do combustível sustentável para aviação (SAF)

O Brasil também está emergindo como um importante produtor de SAF, combustível essencial para a descarbonização da aviação. O projeto de lei “Combustível do Futuro” estabelece metas para a utilização de SAF em voos comerciais. A partir de 2027, as companhias aéreas terão que usar ao menos 1% de SAF, com o objetivo de alcançar 10% até 2037. Essa política cria um ambiente favorável para o desenvolvimento de tecnologias de SAF, tornando o Brasil um protagonista na produção desse biocombustível. O país possui vantagens naturais e tecnológicas que o colocam em uma posição privilegiada para liderar a produção de SAF. Empresas como Raízen e Be8 estão desenvolvendo projetos para aproveitar a infraestrutura existente na produção de etanol, adaptando-a para a produção de SAF.

 

Inovação em captura de carbono

O Brasil também está investindo em tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS). O Grupo FS, por exemplo, está construindo uma planta de CCS em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, para capturar CO2 gerado na produção de etanol. Isso ajuda a neutralizar as emissões e torna o processo produtivo ainda mais sustentável. Com a adoção de tecnologias como a CCS, o Brasil se posiciona na vanguarda da inovação em energias renováveis, atraindo investimentos internacionais e reforçando seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O Brasil se destaca como líder global na produção de combustíveis renováveis, incluindo etanol, biodiesel e SAF. Com investimentos massivos, políticas públicas de incentivo e avanços tecnológicos, o país está moldando o futuro da energia limpa. Essa trajetória de crescimento sustentável consolida o Brasil como um ator central na transição energética global.

Compartilhe nas redes sociais

Postagens relacionadas