Expansão na produção de etanol
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, com uma indústria que continua a se expandir. Desde o lançamento do Programa Proálcool, na década de 1970, a produção cresceu de forma consistente, posicionando o país como um grande exportador. A Raízen, uma das principais empresas do setor, investiu R$ 11,5 bilhões em novas plantas de etanol de segunda geração (E2G). Esse tipo de etanol utiliza resíduos da cana-de-açúcar, como o bagaço, o que aumenta a eficiência e reduz o impacto ambiental. Veículos flexfuel, que representam 90% da frota de automóveis leves do país, têm sido um dos fatores principais na ampliação do consumo de etanol. Isso oferece flexibilidade aos consumidores, que podem optar pelo uso de etanol ou gasolina, conforme as condições de mercado. A mistura obrigatória de etanol à gasolina, atualmente em 27%, também impulsiona a demanda.
A liderança no biodiesel
O avanço do combustível sustentável para aviação (SAF)
O Brasil também está emergindo como um importante produtor de SAF, combustível essencial para a descarbonização da aviação. O projeto de lei “Combustível do Futuro” estabelece metas para a utilização de SAF em voos comerciais. A partir de 2027, as companhias aéreas terão que usar ao menos 1% de SAF, com o objetivo de alcançar 10% até 2037. Essa política cria um ambiente favorável para o desenvolvimento de tecnologias de SAF, tornando o Brasil um protagonista na produção desse biocombustível. O país possui vantagens naturais e tecnológicas que o colocam em uma posição privilegiada para liderar a produção de SAF. Empresas como Raízen e Be8 estão desenvolvendo projetos para aproveitar a infraestrutura existente na produção de etanol, adaptando-a para a produção de SAF.
Inovação em captura de carbono
O Brasil também está investindo em tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS). O Grupo FS, por exemplo, está construindo uma planta de CCS em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, para capturar CO2 gerado na produção de etanol. Isso ajuda a neutralizar as emissões e torna o processo produtivo ainda mais sustentável. Com a adoção de tecnologias como a CCS, o Brasil se posiciona na vanguarda da inovação em energias renováveis, atraindo investimentos internacionais e reforçando seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa.